Alice lembra que estava grávida do segundo filho quando decidiram dar ouvidos à saudade e deixar para trás o trabalho nos campos agrícolas franceses. Fizeram as malas porque “gostávamos mais da nossa terra” e o filho acabou por continuar a tradição familiar, crescendo no concelho com as colmeias por perto.

Ao contrário de Raul, Alice não conhecia o ofício e lembra-se de rir quando o viu o marido vestido com o fato de apicultor pela primeira vez pois parecia-lhe “um astronauta que ia à lua”. A inexperiência deu lugar ao “gosto” e hoje descreve com precisão o processo de recolha e produção do pólen, os fatores que contribuem para a quantidade de mel produzida anualmente e como asseguram a alimentação das abelhas fora dos meses de polinização.

Cada embalagem de Mel dos Castros transporta o legado apícola da família que lhe dá nome e a inovação de terem sido pioneiros na rotulagem e na comercialização em Mogadouro. Produtos com sabor a regresso à origem que se podem encomendar diretamente ou encontrar tanto nas feiras e romarias da região, como em Lisboa e Porto. Quem estiver fora de Portugal tem a oportunidade de os encontrar na feira mensal que se realiza perto da Barragem de Almendra (Espanha) e em França.